A folha continua vazia.
Conheço bem essa sensação de coisa nenhuma.
Todas as palavras que me aparecem nessas horas de tédio,
são sempre iguais.
O desfecho é inevitável:
Uma folha cheia de vazios.
Sempre tive certo talento para melancolia,
incoerência, solidão, e incompreensão.
[Auto-incompreensão.
As rimas são fáceis... Elas; simplesmente; me aparecem na cabeça,
e me entorpecem.
É fácil escrever,
Absurdamente fácil.
Rabiscar as linhas, qualquer um rabisca...
Preencher-se delas que é difícil.
Olhe dentro dos meus olhos, e me diga, o que você vê?
... Há tempos que não vejo nada além de mim.
E, se isso é arrogância, blasé, afetação, ou simplesmente,
egoísmo... Que seja então. Pois, eu realmente não me importo.
Não; eu não me incomodo...
... Do que me serviria qualquer incômodo?
As palavras me sussurram, pequenas solidões no escuro.
... E, isso se parece com claridade pra mim.
Carregar o revólver, com todas essas pequenas abstrações, e depois atirá-las, irresponsavelmente, na minha própria consciência
me parece, extremamente aceitável.
O estrago que isso vai deixando, em mim, é; provavelmente;
toda minha poesia.
toda minha poesia.
[E ela sou eu.
Agora,se isso é defeito...
...Tanto faz.
...Tanto faz.
As minhas insignificâncias são mesmo, o que tenho de mais doce...
Adorei a pontuação, principalmente as reticências, que são as minhas favoritas.
ResponderExcluirCurti a frase final, que resume bem o espírito reflexivo do texto.... massa mesmo.
Bj!
F.
Mesmo nas linhas mais amargas, tudo que é seu é do mais doce ;)
ResponderExcluirNossa, tão fantástico que fico sem palavras...
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