me passam iguais,
tempo e domingo,
e esse nada
a me arder no peito...
amanhã é segunda,
e eu sinto os joelhos
tremerem de frio
por dentro da meia-calça...
bebo água,
ligo e
desligo a TV,
abro as janelas,
arrumo as cobertas,
e
deitamos corpo e tédio na cama do que sou... não sou.
me tremem os joelhos de frio,
e o peito... de frio me arde como se nada fosse. e nada é.
eu sumiria no próximo navio
se já não houvesse ele partido de mim.
poesia é tempestade a me navegar,
e naufragar,
serena,
como se nada fosse. e nada é.
navego, afago e afogo
verso
náufrago de mim. sou.
Talvez essa inquietação seja a vida te chamando pra viver o outono, andar e observar o marrom esmaecido das folhas, as vezes eu faço isso quando é domingo.
ResponderExcluirPoesia é um espaço no qual sempre cabe um abraço, se a gente deixar, e é isso, eu acredito.
Saudações.