não sei por que diabos me apego tanto a essas coisas a essa hora da noite, mas me apego.
as frases não ditas,
e os versos jogados no lixo,
tantos e tantos versos...
tudo isso não passa de uma concha de retalhos
de meia duzia de experiencias ainda mais miúdas e pálidas do que eu mesma sou...
não sei por que escrever tanto,
se não tenho nada que dizer,
dizer é vil e vago,
cada dia mais vil e vago a meu ver.
e a maior parte só eu mesma entendo,
quando entendo,
quando não...
a lata do lixo é serventia da minha escrita a essa hora da noite.
sirvam- se bem.
tem chovido torrencialmente por aqui,
e por mais que eu ame as gotas de chuva que me molham o rosto,
as vezes me canso delas também...
me canso de tudo, enfim,
são coisas sobre as quais não queria voltar mais a falar,
por deus,
há tanta pretensão e patifaria nisso tudo que escrevemos,
me enjoa só de pensar,
no que tudo isso vai se torna um dia,
se é que vai se tornar qualquer coisa,
além dessas folhas que cansei de amassar e arremessar lixo a dentro.
é difícil pensar em uma utilidade maior que essa pra tudo isso.
é difícil pensar em qualquer utilidade pra tudo isso.
é só papel amassado,
rascunho do rascunho de mim...
e me enjoa mais ainda a ideia de passar-me a limpo.
talvez qualquer dia eu tente.
besteira, bem sei que não vou. sou melhor em rascunho.
ainda assim,
é só papel amassado...
Já resguei tanto poema, tanta coisa voou nos ventos dos tempos chegados...
ResponderExcluirme passa seu face lá no coments do meu blog.
depois apago.