eu tô olhando para uma tela em branco,
que me reflete o nada dos olhos e da vida.
um belo espaço de tempo
entre o antes e o agora,
e um pouco mais de um depois a borrar
e esperar...
esperar e
expelir
ar
e
ar.
desalinhar
o passo
e o peito,
o verbo
e o peito.
o tempo e... respirar.
de ar
em ar.
tempo é ralo
e espesso,
abrir janelas,
arrumar gavetas
colocar
as neuroses nos lugares.
fica bem assim,
cortinas brancas,
e a cama por fazer.
um pouco menos
entre um e outro agora.
borrar
e existir,
peito que me é ralo
e espesso.
vida cheirando a tinta
e incerteza.
fico bem assim.
Transtorno de poesia. Todo esse cenário é lindo
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