todas as coisas parecem tão inúteis
quanto sempre foram,
o lado esquerdo da cama,
vazio,
os poemas não terminados,
a porta esquecida aberta...
pedaços e pedaços
de uma poesia gasta e repetitiva
cotidiano raso
e esquecível.
eu me sinto inacabada,
tateando as bordas de mim
pelo escuro.
e já é setembro...
me deixo no lado esquerdo da cama,
espero outubro,
e finjo dormir.
tudo é pouco mais que
sonho.
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