segunda-feira, 7 de junho de 2021

Silêncio

Escrevo quando as palavras faltam. 

No ridículo e clichê que isso implica. 

Escrevo quando elas param 

no meio da garganta,

Me apertam o peito...

Enrosca, qualquer coisa de muito minha, entre a língua e os dentes,

Qualquer coisa muito minha, 

que me atravessa 

e para,

entre a língua e os lábios. 

Escrevo quando a angústia se converte em ânsia... 

Ânsia de nada. 

Quando me faltam as sílabas,

só me resta o tímido e o gesto. 

Escrevo para aprender o

Silencio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário