terça-feira, 21 de junho de 2022

Caro amigo, 

Se perguntar sobre as bobagens que escrevi ao longo desses anos,

Só posso me defender dizendo
ser movida por uma procura
qualquer
que nunca finda,

Fica sempre entre uma vírgula e outra.
Mal colocada,
Entre o espaço de um tédio-
ou outra coisa.
Bem colocados no meu peito.

Que transborda- muito- da minha gramática.
Sempre, tão desajeitada...

no distraído da folha,
nasce e morre 
sem aviso.

desaguando inteiro,
feito verso
o rio que se esqueceu em mim.

Cartas pra ninguém 
Junho, 2022

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