Tenho dedicado meus melhores versos
para as piores criaturas
que me habitam nesse silêncio de pedra.
Todas elas me acariciam os cabelos
antes de dormir.
Me preparam a solidão que engulo
dia sim,
dia também.
Acaricio minha insensatez,
disfarçada de amor,
Me esparramo em tinta pelo meio do peito.
Não saberia ler, meu bem,
essa tua felicidade de frases soltas
em letras maiusculas.
Viver para ter as vírgulas devidamente arrumadas, me empobrece o verso.
Cama feita, pele fresca,
casa cheirando a lavanda pela manhã.
Às 12h comer o almoço,
Lá pelas14h brigar... para lembrar que existimos.
Às 15h sexo de reconciliação e YouTube.
Acordar, dormir, trabalhar...
Talvez, um filho para fingir não morrer.
Amanhecer e dormir
em branco em cinza.
Perdoa a inveja.
Mas não te desculpo no tédio.
Felicidades ao casal.
Felicidade morna, de feijão com arroz.
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