A cadeira sozinha na varanda,
o cinzeiro e as cinzas no cinzeiro,
Os lençóis que dormem na cama desfeita,
Os desenhos na parede, as roupas pelos quartos, os livros e os copos... E os corpos?
Quem limpa o que fica depois de qualquer amor?
Cada pedaço teu, me enche os olhos.
Me acende o adormecido dos versos.
Entre o futuro e o nada. Existismos.
Repouso a cabeça, em algum lugar, ao sul do teu peito.
Lembra que sou poeta. Minto quando amo.
Quando escrevo, apenas amo.
Te escrevo. Te escrever é eterno em mim.
Lembra que sou poeta. Minto quando amo.
ResponderExcluirBonita referência do Pessoa.