samsara: as vicissitudes do mundo, da existência humana, a instabilidade e a efemeridade das coisas; a agitação do mundo; a vaidade e a inquietude da vida humana.
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sinto falta dos meus cabelos cumpridos,
e dos dias que se passavam tranquilos em mim.
sinto falta de muita coisa em mim. e de nada ao mesmo tempo.
todas as pequenas coisas que você faz para sentir-se
minimamente vivo,
são vulgares e idiotas demais pra valerem uma linha ou duas no teu diário.
nada realmente importa tanto assim...
é uma pequena-grande angústia, a lhe corroer os ossos,
pouco a pouco,
te espatifando toda pelo juízo, repetida e inutilmente...
uma velha com câncer dormia serenamente no leito,
hora ou outra sorria, e resmungava um palavrão...
seus cigarros a estão matando.
não, a vida que tragou, é que está a matar.
todo o resto é desculpa,
propaganda vazia de vida saudável...
enquanto isso, outra velha,
vomita restos de angustias e sopa em um saco plástico.
no fundo isso tudo é banal também...
o que tenho eu vomitado toda a minha vida?
traguei o que dela?
certamente, ela terá tragado muito mais de mim...
e certamente o tempo também me vomitará;
inteira
a vida, em um saco plástico algum dia ...
e isso será só um tanto desconfortável,
eu sei..
mas não tanto quanto é desconfortável, se saber efêmero e sozinho dentro de si.
na vida há um propósito junto à consciência.
ResponderExcluiruma vez que você pensa e se questiona...
e o tempo só não é mais corrosivo por falta de humor.
eu gostei dos seus cabelos curtos
ResponderExcluirTudo é efêmero, sem importancia. Que sugue tudo, que tudo me sugue. Não me importo.
ResponderExcluir(Depois que li seu poema me pus a ouvir Ray Charles. Blues é um negócio do caralho,né não?)
A ponto de arrancar os cabelos.
ResponderExcluirSinta os fios arrebentando.
Quando, se eu sair do recinto de concreto, escreverei.
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