me resta deixar que os meus cabelos cresçam,
enquanto espero que o relógio atrase.
nem atrasa...
o tédio têm comido
muito
dos meus
sucrilhos também....
e ele há de me gastar os dias, e esgotar boa parte do meu querer,
tenho me escorrido a toa pelo tempo,
esperando por qualquer coisa que nunca chega...
dando voltas e voltas
dentro e fora de mim,
páro
exatamente
no mesmo lugar,
bem sei,
que nada disso faz a menor diferença pra você.
na verdade nem pra mim...
toda a minha poesia é excesso de pretensão e reticencias,
excesso de mim talvez...
o que me falta no peito,
me sobra nas folhas por amassar,
me resta somar angustias
e dividir
o vazio do prato,
com o nada, que me há de vir...
e o tempo
que nem passa,
há de comer muito mais,
que só
os meus sucrilhos...
O tempo que passa a de tomar minha cerveja e comer minha pacienca, por que nada resiste tanto tempo.Nada, nada, nada...!
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