gosto do cheiro da tinta,
e das folhas em branco,
dos dias claros,
e dessas horas mornas.
faz sol,
e chove também...
as gotas escorrem pelas janelas,
as letras pelos meus dedos,
e eu, pelo peito,
me escorro também.
gosto da chuva assim, como uma garoa fina,
que vai aumentando e aumentando,
gosto do barulho dela no meu telhado...
gosto do sol assim,
começa frio,
e vai esquentando aos pouquinhos,
gosto dele batendo na minha janela no fim da tarde...
meus dias escorrem, um a um, pela janela,
feito chuva.
meu peito aquece,
chove
e faz sol.
me escorrem pelo branco do papel,
palavras feito tinta,
a me espalhar,
e colorir.
apagar e diluir.
ir...
simplesmente ir.
escorrer pela vida,
feito gota a escorrer pelo vidro,
cantar como se fosse chuva
a cair pelo telhado,
ir.
e simplesmente ir.
sentir o cheiro da tinta,
em brancas vidas.
faz sol,
palavras feito tinta,
a me espalhar,
e colorir.
apagar e diluir.
ir...
simplesmente ir.
escorrer pela vida,
feito gota a escorrer pelo vidro,
cantar como se fosse chuva
a cair pelo telhado,
ir.
e simplesmente ir.
sentir o cheiro da tinta,
em brancas vidas.
faz sol,
e chove também,
só pra gente aprender a secar.
vá,
se escorrer pela vida,
feito tinta
e papel
fazer chover,
e se ensolarar.
amarelo,
feito tinta, em papel,
e no peito.
só pra gente aprender a secar.
vá,
se escorrer pela vida,
feito tinta
e papel
fazer chover,
e se ensolarar.
amarelo,
feito tinta, em papel,
e no peito.
E pq amarelo?
ResponderExcluirE por que não amarelo? rs
ExcluirQue poema lindo, Mirtes!
ResponderExcluirBeijo!
Bela poesia.
ResponderExcluirSó podia ser amarelo!
ResponderExcluirAmarelo berrandte usei ontem.
Laranjas, cores em profusion.
Tudo se liga, tá ligada?
Passar o ensino médio inteiro escrevendo poemas enquanto as coleguinhas discutiam relações te fez bem, muito bem. O poema tem que transmitir para o leitor o máximo de grandeza e a tua poesia é GRANDEZA. Abraços!
ResponderExcluirUma pequena observação sobre o trecho inicial do comentario li no outro blog mirtes rodrigues s.salles
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