O pedaço requentado de pizza,
o sábado por esperar...
A vida que me sopra lá fora,
aqui dentro só esfria.
Sou feita de água,
sangue,
destempero,
reticencia, interrogações,
E qualquer outra coisa, que na verdade não convém
muito bem.
Em algum ponto de mim,
me esqueceram as janelas
abertas.
Me fugiu ou entrou, alma
demais.
Não ei de saber.
Meu peito é qualquer
coisa,
assim,
como um café amargo
demais para apreciar. Quente ou frio.
Me dou o direito de
entristecer e ser qualquer coisa em mim.
E talvez até me
convenha,
abrir-me em meia dúzia de
dentes amarelos.
Mas também não ei de
saber.
Em algum ponto de mim,
me esqueceram as janelas
abertas...
Em algum ponto,
decidi por não
fechá-las mais.
Me fugiu ou entrou demais a alma em mim, afinal.
Bela poesia.
ResponderExcluirEsse estar e não estar que perambula por nos.
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