eu deixaria toda água correr
do chuveiro
até a minha pele
em branco e
pálida...
a pequenez da fronte,
o asfalto bruto, na planta dos pés,
o delicado dos botões e vestidos
como que e
s
c
o r
r e
n
d o, pelo ralo de mim,
há um descompasso ruidoso
a me abrir e trancar
em portas
e janelas
o peito
e o cair da tarde,
o teu hálito quente,
meus olhos assutados,
tudo o que me
lembro/
esqueço,
me embaçando os vidros
e espelhos...
nada além da água
que me molha as costas e os cabelos de tédio...
seco a água de mim,
corpo nu,
a esperar
o macio
da toalha,
em
branca
pálida...
a me secar,
toda a aspereza do amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário