o que eu tenho já não me cabe mais a face pálida e magra,
de tão pouco ou nada, que tenho a expressar.
me deixo pelo descaminho do tempo,
e tempo,
e tempo, e tempo... temo.
não me vejo nas horas.
sem folha,
caneta ou verso...
o melhor poema que escrevi essa semana,
e talvez, em qualquer outra semana,
seja mesmo a folha em branco que deixei por rabiscar...
pois sim.
cento e nove rascunhos,
amassados pelo peito,
que me ficam ao verme do meu tédio.
nada mais.
me falta um verso,
pra me reconhecer nas linhas...
me ficam ao verme.
me ficam ao verme.
e tudo mais.
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