entre o meio
e o canto esquerdo do peito.
nas mãos ocas de mim,
nos lábios trêmulos de silêncios.
o que me corta é o tempo.
me atravessa o espelho,
os olhos, e os ponteiros.
movo os dedos devagar,
tecla depois de tecla,
desembaço as lentes dos óculos,
tem ainda o astigmatismo...
me invade o quarto,
o amassado da folha, o desbotar da tarde... e já é tarde. deus, como é tarde.
até pro que ainda é cedo, já é tarde!
bobagem...
ainda me encanto do verso.
Me encanto dos teus versos, ainda que você me olhe sem vontade eu gosto do Universo que te cerca.
ResponderExcluirVendo tua foto, acho que gosto da tua boca ... mas amo, tua poesia fria, que me queima sem que me toque tua pele.