t u e
f l u a n t
Perguntou as horas, e saiu, sem dar ouvidos a resposta.
Ela, foi passear no infinito,
de qualquer hora vazia,
Sem saber que ficava, assim,
Presa as
l t
e r a
s
que soltava no branco do papel...
Todas as horas eram ,
agora, como finas nuvens de um não sei-o-quê,
agora, como finas nuvens de um não sei-o-quê,
a n
t u d o
f l u dentro de si,
" o tempo é uma medida, que ás vezes não nos mede
Cabiam ainda, tantos versos,
fora e dentro dela:
"... Papel amassado,
o verso é quase uma prece,
reza...?
O que é o vazio?
Nada...Quem sabe,
tudo?
Me enche o peito, com tudo aquilo que não é... Me esvazia a alma,
me preenche na folha..."
Cabiam ainda, tantos versos,
fora e dentro dela:
"... Papel amassado,
unhas ruídas,
dedos, pés,
Minhas mãos o que são... Me escrevem, e não são,
...O verso não me explica, não... "
Flutuava no branco da folha,
achava, e não se achava em nada,
só, flutuava, sem saber que no meio de tantas letras
cabe uma estrela, uma lua,
e até um sol, vem brilhar de vez em quando.
"quente...verso...frio...poeta? inspiro o ar que é teu,
expiro a letra que é minha,
respiro a dor que não é nem tua , nem minha,
é nossa,
não sendo, de ninguém..."
Fez-se, então, um azul , em clara mão,
caneta que estourou, mas não manchou,
... De verso em verso redesenhou, em claros olhos,
o infinito que escreveu, em uma folha,
vazia...
Fez-se, assim, nem tão cheio, nem tão vazio,
flutuando apenas, no infinito... da própria finitude. f
i
m?
"... Passeio em mim,
com anseios sem...
... São de cores, infinitas, enfim,
E o tempo...
... Não ouvia as horas.
"... Deixe que o mundo flutue, assim, dentro de mim, e fora de qualquer tempo ou fim."
Acho que é um dos meu preferidos daqui.
ResponderExcluirGostei bastante desta parte:
" Fez-se, então, um azul , em clara mão,
caneta que estourou, mas não manchou..."