Não é poesia
já não me importo mais, com nada do que eu sinta,
joguei no ralo o coração junto com a coerência,
e o que me restava da paciência
... e todas as rimas
e todos os versos...
f ra
gme
n to,
as linhas disfarçando o tédio em poesia,
talvez nem disfarce coisa alguma,
estou apenas, cansada demais, para tentar fazer poesia,
concreta ou convencional... tô cansada demais pra tentar ser criativa...
risco umas linhas à toa
em azul claro,
vermelho ou cinza
escrevo, escrevo , e escrevo...
... não tenho dito ou feito nada que se aproveite.
pois é...
tem que ser mesmo, muito estúpido,
pra se achar poeta hoje em dia.
... e eu, o sou o quê mesmo?
[...
talvez seja o que há de ser, ou outra que será outra, mas sempre fazendo bons poemas, com ou sem poesia.
ResponderExcluirVeja que maravilha, estamos na mesma merda!
ResponderExcluirVocê é o que você escolher ser.
Pois é Mirtes...
ResponderExcluirtá aí o resultado,
acho que uma pedra pode ser muitas coisas, mas essa tal pedra sempre vai saber que mesmo escultura, tijolo ou parede, sempre será pedra...
e quem pode se dizer pedra hoje em dia?
Olá, Mirtes... Muito obrigado pelo seu comentário! Gostei muito, muito da sua não poesia... Tem uma frase do Bukowski que amo e é mais ou menos o que eu tento utilizar na minha vida.
ResponderExcluir"Tudo o que era mau atraía-me:
gostava de beber, era preguiçoso, não defendia nenhum deus, nenhuma, opinião política, nenhuma ideia, nenhum ideal. Eu estava instalado no vazio, na inexistência, e aceitava isso. Tudo isso fazia de mim uma pessoa desinteressante. Mas eu não queria ser interessante, era muito difícil".
Às vezes tornar-se desinteressante é mais difícil do que ser... Precisamos assumir o que somos, talvez seja o caminho mais fácil pra compreensão.
beijos
Eu canto para quem?
ResponderExcluirTambém já nem sei.
ResponderExcluirBeijos.